Meu filho não cresce!

A preocupação com a estatura dos filhos é algo comum para a maioria dos pais.

Quem nunca fez comparações com os coleguinhas da mesma idade e se questionou se o filho ou filha estão no tamanho correto? Essas preocupações são normais não só por que se trata da saúde dos filhos, mas porque baixa estatura muitas vezes é motivo de complexos entre crianças, adolescentes e adultos. Pergunte a alguém “baixinho” se gostaria de ser mais alto? Sem dúvida, grande parte dirá que sim.

As últimas pesquisas do IBGE revelam que a média de estatura dos brasileiros vem aumentando, assim como os jovens também estão crescendo mais. Segundo matéria publicada na revista Veja, recentemente, a média de altura dos recrutas que se alistaram no Exército saltou de 1,67cm para 1,74cm. Mas essa realidade não é pertinente a todos, já que existem muitas pessoas abaixo da média. A boa notícia é que problemas de crescimento, se tratados no período certo, podem ser evitados garantindo os tão sonhados centímetros a mais na idade adulta. Segundo o médico endocrinologista pediátrico Carlos André Tonelli, uma estatura adequada é sinônimo de melhor qualidade de vida e vários estudos comprovam que uma pessoa com baixa estatura tem maiores dificuldades de conseguir emprego, de encontrar um parceiro ideal, de ter lazer, muitas vezes refletindo-se no âmbito psicológico. “A criança pequena enfrenta dificuldades já no colégio, onde muitas vezes é motivo de bulling, o que pode traduzir-se em pouco rendimento escolar”, destaca. Todos nascem com uma carga genética herdada dos pais. No entanto, com a ajuda de tratamento o potencial genético é melhor aproveitado com melhora da estatura final em relação aos pais na maioria das vezes.

Os principais problemas: O fato de uma criança ser menor do que os outros da mesma idade não significa necessariamente que ela irá ficar baixa é preciso avaliar a velocidade de crescimento. Existem curvas de crescimento (estatura e peso) que auxiliam determinar, exatamente, a situação de uma criança. Esta é considerada pequena quando sua estatura encontra-se abaixo do percentil 10 .

Os fatores que podem interferir no crescimento são: peso de nascimento, alimentação, doenças da infância,falta de carinho e atenção por parte da família, época de início da puberdade e estatura dos pais. Dentre as causas de baixa estatura podemos dizer que as mais comuns são as doenças pediátricas gerais como: desnutrição, anemia, verminose, infecção urinária, doenças crônicas (Asma grave por exemplo), entre outras.Também existem as causas endócrinas, sendo as mais comuns: Deficiência de Hormônio de Crescimento, Hipotireoidismo e Síndrome de Cushing, todas possíveis de tratamento quando procurado auxílio médico à tempo. Tratamento Quanto mais cedo o médico for consultado melhor, já que problemas de crescimento podem ser tratados, porém têm que ser antes do final da puberdade, estágio de maturação física onde o indivíduo se torna capaz de reprodução sexual. Por isso, o acompanhamento de uma médico especialista antes dessa fase iniciar é fundamental, pois é possível retardar esse processo e garantir uma estatura maior. “É comum filhos que já chegaram ao final da puberdade saírem do meu consultório cobrando dos pais, por que não buscaram tratamento antes”, declarou Tonelli.

O tratamento depende de cada situação. O hormônio de crescimento é utilizado para melhorar a estatura final em crianças que apresentam doenças como deficiência de hormônio de crescimento, insuficiencia renal crônica, síndrome de turner ( distúrbio genético que cursa com baixa estatura) ou Déficit Pondero Estatural Idiopático(causa desconhecida) ou familiar. Trata-se de um medicamento importado, que aumenta o metabolismo, não apresenta efeitos colaterais importantes e tem que ser aplicado ( é injetável) diariamente durante um grande período, até que o médico determine a interrupção.

A resposta clínica depende de paciente para paciente e muitas vezes a dose precisa ser ajustada para que se tenha uma melhor resposta.

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